A Procuradoria da República em Uberlândia (540 km de BH) arquivou o procedimento que apurava a suspeita de discriminação racial e sexista no clipe "Kong", do cantor Alexandre Pires, que teve a participação do jogador Neymar e do funkeiro Mr. Catra.
Nas imagens, gorilas saem da selva e invadem uma festa à beira da piscina, onde estão mulheres de biquíni.
Pires, Catra e Neymar aparecem dançando o refrão "É no pelo do macaco que o bicho vai pegar". Em alguns trechos, se vestem de gorila.
Em nota, o órgão federal informou que o procurador responsável pelo caso, Frederico Pellucci, não viu ligação entre o uso da figura do gorila e a associação ao racismo.
"A invocação ao gorila tem mais a ver com a virilidade do que com a negritude", disse Pellucci na nota.
A suspeita de conteúdo sexista também foi descartada. Para Pellucci, é comum haver mulheres de biquíni e "letras de música sugestivas", e o clipe "Kong" não foge à "rotina", diz a nota.
O procedimento foi instaurado após a Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, vinculada à Presidência da República, encaminhar reclamação feita pela ONG Observatório do Racismo Virtual.
Pires criticou a ONG. "Quem diminuiu a raça negra é quem a representa. Ela [ONG] é que menosprezou a capacidade do povo compreender o sentido lúdico da música."
A ONG não foi localizada pela reportagem para comentar o assunto. A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial não se manifestou.
As informações são do jornal Agora
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