O número de jovens paulistas obesos mais que triplicou nos últimos trinta anos, segundo pesquisa divulgada nesta terça, 29, pelo Instituto Dante Pazzanese, unidade de referência em cardiologia da Secretaria da Saúde estadual. De 1978 a 2008, a quantidade de homens que, ao se alistarem no Exército, estava com sobrepeso em nível de obesidade subiu de 0,9% para 2,8%.
Segundo o médico da Divisão de Nutrição Clínica do instituto, Daniel Magnoni, esse aumento se deve principalmente ao estímulo do aleitamento artificial, em detrimento do aleitamento materno, ao maior sedentarismo durante a infância e à elevação do consumo de fast food, com conseqüente redução da ingestão de alimentos mais saudáveis. “O jovem brasileiro deixou de comer arroz e feijão para se alimentar mais de massas e de doces”, disse o médico.
O levantamento analisou a ficha de alistamento de 2,54 milhões de paulistas, jovens que estão em início da vida adulta quando se apresentam para o serviço militar. Um adulto é considerado obeso quando atinge um índice de massa corpórea (IMC) maior do que 30. Esse resultado é obtido a partir da divisão do peso pela altura, elevada ao quadrado (IMC=P/H²).
Magnoni lembra que, além de reduzir a qualidade e expectativa de vida desses jovens, a obesidade aumenta o risco do desenvolvimento de diabetes, hipertensão, doenças do coração e acidentes vasculares. Como sugestão para a solução deste problema, ele aponta a implantação da educação nutricional na pré-escola, o aumento de atividade física e a desoneração de imposto dos alimentos naturais, como frutas e verduras.
As informações são do jornal O Estado de São Paulo