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terça-feira, 31 de julho de 2012

Chalita é vaiado por professores públicos durante palestra


Gabriel Chalita em reunião com representantes do Sinesp, no Teatro Gazeta. - Werther Santana/AE
O candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, sofreu resistência a sua proposta para acabar com filas por vagas em creches da rede municipal e foi vaiado por professores públicos na manhã desta terça-feira, dia 31. Chalita palestrava em evento do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal quando casou contrariedade na plateia ao dizer que planejava zerar o déficit de vagas em dois anos provendo convênios com faculdades privadas.

A proposta é uma das principais do programa de governo de Chalita e aborda tema sensível ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) que tem como meta de governo acabar com as filas. Para Chalita, a prefeitura deve fazer mais contratos de convênios e repassar a verbas a universidades particulares, que teriam espaço para receber as crianças de até cinco anos em campus espalhados pela cidade. Caberia aos funcionários da secretaria de Educação fiscalizar o serviço prestado.
Os servidores municipais rechaçaram a proposta de Chalita com duas vaias coletivas. Eles são contra os convênios com entidades privadas, porque alegam que o atendimento é pior, feito por profissionais com remuneração mais baixa e em prédios com infraestrutura precária.
Ao fim da palestra, Chalita foi abordado por um diretor de escola da prefeitura, que pedia que ele não tomasse atitudes "de cima para baixo", sem ouvir antes os servidores. E que Chalita fosse mais coerente com seu discurso de que discutia com os funcionários quando era secretário estadual de Educação.
Chalita afirmou que os professores entendem a proposta dele como um "privatização" do ensino, mas se sensibilizam quando ele explica que precisa abrir vagas para crianças que não tem com quem ficar enquanto os pais trabalham.
"Acho que e normal. Não vou fazer um discurso para os sindicatos e outro para a população", disse Chalita, sustentando a proposta.
Fonte: Estadão

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