Depois do jogo de ida entre Santos e Corinthians pela Libertadores da América, na Vila Belmiro, o técnico Mano Menezes foi acusado por Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, de beneficiar o time de comandado hoje por Tite, por desgastar Neymar nos recentes amistosos da seleção brasileira disputados na Europa e Estados Unidos. "Fico um pouco chateado com algumas questões. Tomo todos os cuidados para fazer o certo. Mas não posso policiar o que as pessoas pensam e falam. Minha obrigação é fazer o trabalho de técnico da seleção brasileira", disse Mano Menezes nesta terça-feira em São Paulo.
Ribeiro considera que a presença de Neymar em três amistosos no exterior causou desgaste físico e psicológico no jogador - nenhum jogador corintiano estava da relação de convocados.Na derrota santista por 1 a 0 na semana passada, Neymar ficou longe de apresentar o desempenho esperado. Mano disse que a atuação de Neymar não tem relação com qualquer tipo de cansaço na seleção. "O Neymar participou só de três jogos (ficou fora contra a Dinamarca). Tivemos compromissos a cada seis dias, não é uma frequência que desgasta. Se ficasse no Brasil, ele teria jogado mais. Mentalmente também não jogamos nada tão decisivo a ponto de causar problemas a ele. É bom ter calma, saber que existe uma disputa fora das quatro linhas, nessa hora a gente fala com intenções de provocar certas reações, desequilibrar o outro lado, mas acho que é bom manter o respeito, o jogo é grande porque os dois times são muito bons", disse Mano.
Em nenhum momento Mano falou diretamente de Ribeiro. "A discussão está no nível dos dirigentes. Se o Muricy tivesse falado algo, teríamos uma conversa, temos um bom nível de relação como faço com todos os técnicos. As portas e o telefone do técnico da seleção estão sempre à disposição para o profissional que quer um diálogo e que queira debater a área técnica. A área administrativa deve ser resolvida pela parte diretiva. Se é o presidente do Santos falando, deve ser resolvido pelo nosso diretor, o Andrés Sanchez."
Mano ainda falou que o projeto de preparação da seleção olímpica estava anunciado desde o ano passado. "Todos tiveram oportunidade de ver. Estamos falamos faz um ano que direcionaríamos a etapa final para a montagem da Seleção olímpica, não havia oportunidade de fazer isso de forma isolada. No Brasil, não há chance de tocar um projeto olímpico por questões não resolvidas do calendário. Fizemos uma preparação paralela, convocando olímpicos junto com o time principal em uma porcentagem de 20% ou 30%. Chegaria o momento que faríamos a inversão, estava tudo previsto para os jogos de maio e junho."
Fonte: Revista Veja
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