Relatório da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) acusa a TIM de interromper de propósito chamadas feitas no plano Infinity, no qual o usuário paga R$ 0,25 é cobrado por ligação, e não por tempo.
A Anatel monitorou todas as ligações da operadora entre março e maio, em todo o país, e comparou as quedas das ligações de usuários Infinity e "não Infinity".
A conclusão foi que a TIM "continua derrubando" de forma proposital as chamadas de usuários do plano. O documento apontou índice de queda de ligações quatro vezes superior ao dos demais usuários. O relatório foi entregue ao Ministério Público do Paraná.
O documento ainda faz um cálculo de quanto os usuários gastaram com as quedas de ligações em um dia: no dia 8 de março, afirma o relatório, a operadora "derrubou" 8,1 milhões de ligações, o que gerou faturamento extra de R$ 4,3 milhões.
A Anatel afirma que a TIM adulterou a base de cálculos e considerou completadas ligações que não conseguiram linha e cujos usuários, depois, receberam mensagem de texto informando que o celular já estava disponível.
Com base nos dados, o Ministério Público do Paraná pede a proibição de vendas de novos chips pela TIM no Estado, o ressarcimento de consumidores do plano Infinity no Paraná por gastos indevidos e o pagamento, pela empresa, de indenização por dano moral coletivo.
Resposta
A TIM diz que ainda não foi notificada sobre a ação proposta ontem pela Promotoria do Paraná, mas que "trabalha para a melhoria e ampliação de sua rede".
A empresa também citou ter apresentado recentemente à Anatel um plano de ação para "atender à crescente demanda dos consumidores".
Ao Ministério Público do Paraná, ainda na época das investigações, a TIM negou aumento nas quedas de chamada e disse que a instabilidade de sinal era "pontual" e "momentânea".
Fonte: Agora.
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