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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Células-tronco retiradas na lipoaspiração podem originar vasos sanguíneos


Células-tronco extraídas do corpo durante uma lipoaspiração podem ser usadas para dar origem a vasos sanguíneos saudáveis. De acordo com um estudo apresentado durante evento anual da Associação Americana do Coração, essas células podem ser usadas para a criação de vasos de pequeno diâmetro, essenciais em procedimentos de ponte de safena – que, normalmente, usam vasos artificiais ou retirados de outras partes do corpo.
“Os vasos sanguíneos derivados das células da lipoaspiração e crescidos em laboratório podem se tornar uma reserva importante para procedimentos como enxerto de vasos sanguíneo”, diz Matthias Nollert, coordenador do estudo e professor da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos. Segundo o pesquisador, os enxertos de vasos com diâmetros pequenos que são usados atualmente têm um risco inerente de coagulação, podendo ser rejeitados ou não funcionarem normalmente.
“Os vasos que desenvolvemos têm boas propriedades mecânicas e acreditamos que eles irão se ajustar normalmente ao corpo quando expostos a hormônios”, diz. Nollert afirma ainda que esses vasos aparentam prevenir o acúmulo de plaquetas no sangue, um problema que pode levar ao estreitamento das artérias.
Pesquisa – As células-tronco derivadas da gordura retirada durante a lipoaspiração foram transformadas em células de músculo liso e, em seguida, “semeadas” para se tornarem uma membrana muito fina de colágeno. Conforme iam se multiplicando, essas células foram sendo enroladas em tubos com diâmetros similares aos de pequenos vasos sanguíneos. Dentro de três ou quatro semanas, elas haviam se multiplicado o suficiente para se tornarem vasos sanguíneos utilizáveis.
De acordo com os pesquisadores, criar vasos sanguíneos com essa técnica abre portas para o desenvolvimento de veias que podem ser usadas em procedimentos cirúrgicos de enxerto. Os cientistas esperam ter um protótipo de testes em animais para dar início à nova fase dos estudos dentro de seis meses.
Fote: Revista Veja

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